domingo, 16 de junho de 2013

O Cortiço

O CORTIÇO
(1890)

Enredo (resumo)




                                      Adaptação do clássico "O cortiço" para os quadrinhos, por Ivan Jaf (roteiro) e Rodrigo Rosa (arte)

            O português João Romão, trabalhador infatigável desde criança, junta-se à negra Bertoleza e constroem um dos maiores cortiços da cidade, ao lado do qual vivem, num sobrado burguês, o também português Miranda e sua família (a esposa Dona Estela, a filha Zulmira e alguns agregados e hóspedes: Isaura, Leonor, Valentim, Henrique, Botelho). Enquanto João Romão se amancebava com Bertoleza, Dona Estela traía o marido com Henrique, hóspede da família. No cortiço, a cada novo dia, as mulheres saíam para lavar roupa: Leandra, a Machona (mãe de Ana das Dores, Neném e Agostinho), Augusta (mulher de Alexandre e mãe de Juju), Leocádia (mulher de Bruno), Marciana (mãe de Florinda), Dona Isabel (mãe de Pompinha, a noiva de João da Costa) e Paula, a Bruxa; os homens, por sua vez, saíam para trabalhar, principalmente na pedreira de João Romão, atrás do cortiço. Chegam ao cortiço Jerônimo (com sua esposa, Piedade, e uma filha), novo contratado da pedreira, e Rita Baiana, antiga moradora, agora vivendo com Firmo. Jerônimo logo se apaixona por Rita, mulher lúbrica e diabólica, por causa de quem se desentende com Firmo. Firmo, por seu turno, fere-o numa briga, a polícia é chamada, arma-se uma confusão. Enquanto isso, Paula, a Bruxa tenta por fogo no cortiço, a fim de se vingar da expulsão da amiga Marciana por João Romão, tentativa que é frustrada pela chuva. João Romão amargava, cada vez mais, uma profunda inveja de seu vizinho Miranda, barão a título comprado, frequentador assíduo da alta sociedade. Começa, então, a se preocupar consigo mesmo, a vestir-se melhor, a frequentar teatros e a participar de outras atividades sociais. É que ele planejava, de olho na fortuna de Miranda, casar-se com sua filha Zulmira. Com efeito, auxiliado pelo agregado Botelho, João Romão estabelece um contato mais íntimo com Zulmira e sua família. Enquanto isso, no cortiço, Jerônimo, já recuperado, planeja a morte de Firmo, o que consegue com a ajuda de comparsas, fugindo em seguida com Rita Baiana e abandonando esposa e filha. Repentinamente, o cortiço pega fogo e é quase que completamente destruído. João Romão reergue outro ainda maior, mais organizado e que lhe dá mais lucro. Cada vez mais rico, marca casamento com Zulmira, conquistando invejável posição social. Levadas pelas dificuldades da vida, Piedade torna-se bêbada e inútil, enquanto Pombinha torna-se prostituta. Para se livrar de Bertoleza, empecilho ao seu casamento, João Romão a entrega ao seu antigo dono, já que se tratava de uma escrava fugida, cuja carta de alforria fora, na verdade, forjada pelo comerciante português para que pudessem ficar juntos. Antes disso, porém, Bertoleza se mata, no mesmo instante em que João Romão recebia – ironicamente – título de sócio benemérito de uma comissão de abolicionistas.



Características Estéticas 

01. Patologia social: retrato dos vícios humanos (imoralidade)
02. Sexualidade: perversão sexual (luxúria)
03. Prevalência do espaço: cortiço (classe popular) x sobrado (burguesia)
04. Combate à sociedade burguesa local
05. Descrição excessiva de personagens e lugares (descritivismo)
06. Caricaturização das personagens
07. Estilo cinematográfico (frases curtas/ períodos entrecortados)
08. Determinismo ambiental
      a) espaço exerce influência sobre o comportamento / caráter humano
      b) o cortiço como local propício à degradação
09. Determinismo biológico
      a) organismos (personagens e cortiço) em processo de degeneração
      b) condicionamento genético da miséria e da imoralidade

Personagens 
01. Protagonista: cortiço (valorização do coletivo)
02. Personagens: João Romão (ascendência) x Jerônimo (decadência)
03. Personagens: tipos sociais (representação de grupos sociais)
04. Zoomorfização das personagens x antropomorfização do cortiço






 
Fonte: Prof. Maurício Silva e Profa. Márcia M. Pereira. (Literatura Brasileira- Apostila Realismo)

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